Alecrim - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

Alecrim

Publicado em 28/11/2013


Alecrim


Nome Científico: Rosmarinus officinalis
Nomes Populares: Alecrim, Alecrim-da-horta, Alecrim-de-cheiro, Alecrim-de-jardim, Alecrim-rosmarinho, Alecrim-rosmarino, Alecrinzeiro, Erva-da-graça, Libanotis, Rosmarino
Família: Lamiaceae
Categoria: Arbustos, Ervas Condimentares, Medicinal,Plantas Hortícolas
Clima: Continental, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical,Tropical
Origem: Europa
Altura: 0.6 a 0.9 metros, 0.9 a 1.2 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene

O alecrim é uma espécie arbustiva, muito ramificada, que pode alcançar 1,5 metros de altura. Seu nome científico Rosmarinus significa em latim “orvalho que vem do mar”, essa denominação foi dada pelos romanos devido ao aroma da planta, que vegetava espontaneamente em regiões litorâneas.

As hastes do alecrim são lenhosas e as folhas são filiformes, pequenas e sempre verdes na parte superior e esbranquiçadas no verso, com pêlos finos e curtos. As flores são axilares e podem ser azuis, brancas, roxas ou róseas. Floresce durante o ano todo. São muitas as variedades de alecrim, com porte maiores ou menores e cores diferentes de folhas e flores. Toda a planta desprende um odor que se assemelha muito ao do incenso.

O alecrim é indispensável nos jardins mediterrâneos. E podemos plantar variedades arbustivas que servem inclusive para topiaria ou variedades com porte herbáceo, para canteiros e bordaduras. É uma planta extremamente útil, pois têm vocação medicinal, religiosa e culinária. Pode ser acrescentado fresco ou seco à pratos de frango, porco, cordeiro, cabrito, vitela e caça, além de aromatizar óleos, sopas, sucos, etc.

Para que serve o Alecrim

O alecrim serve para o tratamento de depressão leve, fadiga, dor de cabeça, enxaqueca, má digestão, gases, tosse, sinusite, bronquite, problemas de concentração, fortalece a memória, gastrite e úlcera estomacal, artrite, artrose, reumatismo, cistite, menstruação irregular, cólica menstrual, tensão pré-mentrual (TPM).

Propriedades do alecrim

O alecrim possui propriedades fortificante; estimulante, anti-inflamatória; antiviral; antibacteriana, anti-reumática, diurética, aromática, antioxidante, digestiva e pode ser usado como remédio caseiro para tratamento de má digestão e reumatismo. Com o alecrim pode-se preparar um ótimo suco de ervas para cólicas menstruais.

Modo de uso do alecrim

As partes usadas do alecrim são: As folhas e flores.

Chá de alecrim: Utilizar uma colher (de chá ) de folhas verdes ou secas de alecrim para cada 250 ml de água fervente. Juntar os ingredientes numa panela e deixar descansar por 10 minutos. Em seguida coar e beber ainda morno. O chá de alecrim deve ser tomado 2 a 4 vezes.

Inalação com alecrim: Utilizar 2 colheres (de sopa) de folhas e flores secas de alecrim para 500 ml de água fervente. Juntar os ingredientes e deixar descansar por 10 minutos com a panela tampada. Em seguida colocar a panela sobre um lugar seguro, uma toalha sobre a cabeça e inspirar o vapor pelo nariz e soltar pela boca. É importante fazer a inalação com alecrim e evitar o contato com corrente de ar fria para tratamento de bronquite e sinusite.​

Como tempero: Acrescentar as folhas ou um ramo de alecrim no preparo de carnes ou batatas assadas, por exemplo.

Efeito colateral do alecrim

O uso de doses elevadas de alecrim pode causar irritação gastrointestinal e dor nos rins.

Contraindicações do alecrim

O alecrim é contraindicado em caso de gravidez, problemas da próstata e gastroenterite. Deve ser evitado à noite por prejudicar o sono.

Suas folhas finas e seus ramos também são usados para obtenção de um óleo essencial usado na fabricação de produtos de higiene e beleza. Também é cultivado como planta ornamental, tendo cultivares de flores que são brancas ou de algumas tonalidades de rosa, azul ou violeta.

O alecrim é um arbusto lenhoso que, dependendo do cultivar, pode crescer até 1,5 m ou mais de altura - imagem original: Natalie Maynor


Clima
O alecrim prefere clima subtropical, mas pode ser cultivado em várias condições de clima e temperatura. A planta pode ou não suportar invernos frios, dependendo do cultivar e do desenvolvimento da planta (plantas maiores são geralmente mais resistentes do que plantas pequenas e jovens).

Luminosidade
O alecrim deve receber luz solar direta ao menos por algumas horas diariamente.

Solo
O solo deve ser bem drenado e leve. A planta cresce melhor em solos calcários de pH neutro ou pH levemente alcalino (pH 7 a 7,8), mas é tolerante quanto ao pH e o tipo de solo. O alecrim tem mais aroma e sabor quando cultivado em solos pobres em nutrientes, e que não retêm muito a água.

Irrigação
Irrigue com frequência para que o solo seja mantido levemente úmido enquanto as plantas são jovens. Quando as plantas estiverem bem desenvolvidas, a irrigação deve ser esparsa, permitindo que o solo seque levemente entre as irrigações. O alecrim é bastante resistente a períodos de seca.

Alecrim recém-germinado - imagem original: missellyrh 


Plantio
O alecrim pode ser cultivado a partir de sementes ou por estaquia. As sementes podem ser plantadas em sementeiras, pequenos vasos e outros contêineres. A germinação das sementes pode ser demorada e as plantas podem levar até três anos para se tornarem completamente desenvolvidas. As mudas de alecrim são transplantadas quando têm de 15 a 20 cm de altura.

O plantio por estaquia é feito cortando ramos com cerca de 15 cm de comprimento. Plante os ramos em vasos ou outros recipientes, deixados em local bem iluminado, mas sem luz solar direta. O solo deve ser mantido bem úmido até o enraizamento, que leva de três a quatro semanas. Após o enraizamento as mudas devem receber luz solar direta. As mudas são transplantadas para o local definitivo cerca de um ano depois em regiões onde o inverno é frio, mas podem ser transplantadas cerca de 1 ou dois meses após o enraizamento das mudas em regiões onde o inverno é ameno. As plantas jovens não devem ficar expostas a temperaturas muito baixas em seu primeiro ano de vida.

O espaçamento entre as plantas pode ser geralmente de 80 cm, mas pode variar com o cultivar e as condições de cultivo.

O alecrim pode ser cultivado em jardineiras e vasos de tamanho médio ou grande, mas geralmente não se desenvolve tanto quanto os cultivados no solo.


Tratos culturais
Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos.


O alecrim pode ser cultivado em vasos - imagem original:Maja Dumat 


Colheita

A colheita do alecrim para uso doméstico pode começar a partir de 90 dias após o plantio. Contudo, o ideal é que a colheita ocorra apenas a partir do segundo ou terceiro ano de cultivo, retirando-se no máximo metade dos ramos para não prejudicar muito as plantas.

O alecrim é uma planta perene e pode produzir bem por mais de dez anos.

História : Os gregos a denominavam "flor por excelência", e dela se serviam para entretecer suas coroas, com as quais cobriam a cabeça por ocasião de certas festas.

Em alguns lugares costuma-se misturar o alecrim com galhos de buxo na cerimónia do benzimento das palmas no Domingo de Ramos.

Em Roma figurava, juntamente com o cipreste, no culto aos mortos. É uma planta que desde tempos imemoriais tem sido objeto de muitas lendas. O verdor de suas fiastes com muitas folhas era considerado como um símbolo de imortalidade.

No norte da França dizem que existe o costume de se colocar um ramo de alecrim nas mãos do defunto e depois plantá-lo sobre o seu túmulo.

Muita gente ainda se recorda da canção infantil que dizia: "Eu desci ao jardim para colher alecrim."

O alecrim é uma especiaria amplamente utilizada; A tradição dita que o alecrim apenas crescerá em jardins aonde a mulher é a "chefe da casa." A planta foi usada na medicina tradicional por suas propriedades adstringentes, tónicas, carminativas, antiespas-módicas, emenagogas e diaforéticas. Os extratos e o óleo volátil foram usados para promover o fluxo menstrual, e como abortivos.

As propriedades do alecrim são conhecidas desde a mais remota antiguidade. Hipócrates já a recomendava assim como Dioscóride e os médicos árabes. Sua voga foi extraordinária na Idade Média e Renascença. O alcoolato de alecrim tornou-se famoso com o nome de "água da rainha da Hungria" e fez furor na corte de Luís XIV. Era o medicamento preferido de Madame de Sevigné. O remédio teria sido inventado pela rainha Elizabeth (filha de Wladislas Lokietak, rei da Polónia), que nasceu em 1306 e desposou em 1320 Charles-Robert d'Anjou, rei da Hungria, morto em 1381. Esta água curava a gota e a paralisia.

Alecrim na mitologia e religião

Para os gregos e romanos, era uma planta sagrada: presente dos deuses. Segundo a lenda, foi colocada ao redor de Afrodite/Vênus quando ela emergiu do mar em sua concha. Os gregos, utilizavam o chá e um pequeno ramo entre os cabelos para melhorar a memória e ampliar a capacidade de estudo.

Pelas suas propriedades em relação a recordação, foi amplamente utilizada em matrimonios e funerais. Simbolizava a fidelidade pela lembrança dos votos feitos no dia do casamento. Nos enterros era plantado em cima da sepultura ou queimado junto com o corpo do falecido. Também acreditavam que o cheio forte do alecrim espantava as doenças.

Existe um mito que diz: quando fugiu para o Egito, Nossa Senhora, mãe de Jesus teria sentado na sombra de um pé de alecrim para amamentar, pendurando seu manto no arbusto. Quando ela o retirou, as flores não estavam mais brancas, mas tinham adquirido o azul de sua vestes.

O uso de alecrim como incenso, se perde na história. Atualmente, óleo de alecrim é usado Igreja Ortodoxa Grega para unção dos fiéis.

Uso medicinal do Alecrim

Os usos medicinais são muitos e conhecidos desde tempos imemoráveis. Egípcios, árabes, gregos e romanos conheciam bem as propriedades da planta. Hipócrates, pai da medicina, receitava para os males do fígado. Poderoso antisséptico, é um dos principais ingredientes do vinagre dos quatro ladrões.

Devolve as energias para pessoas cansadas e desanimadas, atuando como tônico: físico, mental e cardiaco (ajuda na circulação sanguínea). É ótimo para dores, pois tem efeito analgésico, antiinflamatório e anti-reumático. Atua muito bem em caso de tendinites, dores e cãibras. É um excelente anti-depressivo.

Ajuda a combater os gases intestinais, colesterol e azia, é digestivo, antioxidante, antidiabético e depurativo, atua limpando o fígado, a vesícula e os rins. Para as mulheres, ajuda a fazer a menstruação descer, limpando o útero, logo, não é recomendado para grávidas. É antiasmático, adstringente e antigripal.

O pó das folhas ou o óleo essencial, é um poderoso antisséptico e cicatrizante, para ser usado em feridas, cortes ou queimaduras, especialmente para diabéticos.

Formas de uso: chás, pó, tintura e unguentos.

Cuidados: deve ser evitado por grávidas, cardíacos, hipertensos e epiléticos. Consulte sempre um médico ou profissional habilitado.

USO RITUALÍSTICO:

Erva que vibra na irradiação dos Orixás Oxossi, Iemanjá e Oxalá. Em forma de banho e defumador é indicada para limpeza e reequilíbrio energético.

Ednay Melo

Fontes de Pesquisa:
Ervas sagradas
Plantas que curam
Jardineiro.net
Tua saude
Hortas



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