A lei da reencarnação e do carma, não foi anunciada com o surgimento da Doutrina Espírita, mas sim no período védico, com o surgimento do bramanismo, religião predominante na Índia desde meados do segundo milênio a. C. até o início da Era Cristã. Por volta do século VII a.C., o bramanismo incorporou a ideia da existência de um deus total que abrangia todo o universo e estava acima dos outros deuses; e a reencarnação, que justificava o sistema de castas.
Segundo a teoria brâmane da reencarnação, com a morte, a alma renascia em outro corpo. O ciclo de morte e renascimento repetia-se até a alma se purificar e se libertar do corpo, alcançando a vida eterna. Se a alma iria renascer em outra pessoa, em um animal, vegetal ou mineral, assim como quantas vezes seria necessário repetir o ciclo eram fatos determinados pelo carma.
O hinduísmo é visto como uma fase do bramanismo, que começou a se desenvolver por volta do século V a.C. e abrange uma grande variedade de credos e práticas. É uma religião politeísta, cujas principais divindades são: Brahma, o criador; Vishnu, o conservador; e Shiva, o destruidor e transformador. O deus mais popular é o Ganesha, o deus da cabeça de elefante, que ajuda a superar todos os obstáculos. O hinduísmo é hoje a terceira maior religião do mundo em número de seguidores, atrás do cristianismo e do islamismo.
No século VI a.C., antes do florescimento do hinduísmo, surgiu na Índia outra doutrina: o budismo, que foi formulada por Sidarta Gautama, chamado de Buda, que quer dizer "o Iluminado". Segundo os ensinamentos de Buda, a origem do sofrimento do ser humano são os desejos, porque eles nunca podem ser totalmente satisfeitos. Por isso, só as pessoas que conseguirem levar uma vida simples e humilde, livre dos desejos, podem atingir a iluminação, ou nirvana, que é o estado de paz e felicidade plena.
Ednay Melo
Fonte de Pesquisa: História das cavernas ao terceiro milênio - Autores: Patrícia Ramos e Myriam Becho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário