Data comemorativa: 25 de dezembro
Sincretismo: Jesus Cristo
Cor: branco
Ervas: mirra, tapete de oxalá, alecrim e outras.
Frutas: pera, melão, coco verde e outras.
Flores: Lírios brancos e todas as flores brancas, exceto rosas.
Pontos de Força: Campos abertos
Elemento: ar
Pedra: quartzo transparente
Símbolo: cajado de alumínio
Saudação: Epa Babá! – Significa: Salve a honrosa presença do Pai!
Astro: Sol – Astro Rei. O Sol está ligado ao arquétipo de realeza, grandeza, luz, equilíbrio de todos os planetas e sustentação da vida.
Deuses na mitologia greco-romana: Hélio para os gregos e Apolo para os romanos.
Oxalá na Umbanda é sincretizado com Jesus Cristo, mas não é o próprio Jesus Cristo. Assemelha-se a Ele devido a força energética altamente sutil e sagrada que O caracteriza, bem como devido ao arquétipo de perfeição e de realeza que Ele representa. A diferença principal entre ambos é que Jesus é espírito altamente evoluído e Oxalá não é espírito, é uma das qualidades de Deus, assim como são todos os Orixás. O cérebro humano é treinado para entender a linguagem dos sinais e das formas, como o uso das palavras e imagens, daí pode-se entender Oxalá utilizando a imagem de Jesus que a Igreja Católica introduziu, ou a que nós mesmos possamos ter criado, o que importa é nos ligarmos a Ele através da fé. Na Umbanda ele é o segundo a ser louvado, mas que isto não seja uma regra, pois Ele é a mais perfeita representação de Deus, podendo-se louvar somente a Ele e naturalmente as emanações energéticas da prece são encaminhadas também ao Pai Olorum.
A definição de Oxalá tende ao infinito, a mente humana em terra ainda não é capaz de decodificar e compreender tão complexa grandeza. Entende-se Oxalá através das emoções e sentimentos, não somente através da fé, mas principalmente através das boas ações e do cultivo das virtudes ensinadas no Evangelho de Jesus.
Oxalá está presente em tudo e em todos, enquanto Deus, que na Umbanda denomina-se Zambi, Tupã ou Olorum, é "a causa primeira de todas as coisas", Oxalá é a fonte energética que direciona todas as coisas e para onde tudo na natureza se converge.
Assim, Oxalá não é apenas Orixá, não é espírito e não é somente energia, é o todo em todas as coisas, é a representação máxima de Deus.
Oxalá também é conhecido como o Pai da Umbanda, Pai de todos nós, é o modelo de todos os Guias e trabalhadores. Está presente na vibração de todos os Orixás, assim como a sua cor branca reflete todas as cores desses Orixás. Por isto a importância do branco na vestimenta dos umbandistas e basicamente em toda representação do Terreiro, e também para fazer lembrar que a paz, a concórdia e o amor devem prevalecer sempre no ideal da Umbanda.
Antes de pedir as bênçãos de Oxalá, deve-se antes, agradecer. Agradecer pela vida, pela oportunidade de crescimento espiritual que Ele nos concede a cada dia no convívio com o nosso próximo, a fim de vivenciar o sentimento de fraternidade e praticar a caridade pura e verdadeira, aquela que não precisa de espelho nem de palco. Agradecer a companhia amorosa dos nossos Orixás e Guias, que muitas vezes não percebemos devido às nossas faltas mescladas de egoísmo, orgulho e pouca fé. Agradecer a saúde do corpo e principalmente da mente, que nos compele a discernir entre o bem e o mal e a fazer bom uso do nosso livre arbítrio. Agradecer pela natureza que nos cerca, que por mais cinzento que esteja o dia, sempre temos a certeza de que a nuvem é passageira e que o sol voltará a brilhar dando luz às cores e forma a vida. Diante de Pai Oxalá, agradeçamos o momento do aprendizado constante do Seu amor entre nós.
Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo
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