Guias (colares) na Umbanda - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

Guias (colares) na Umbanda

Publicado em 29/08/2012

Guias (colares) na Umbanda

Conhecidas também como "Cordão de Santo", "Colar de Santo" ou "Guias", são ritualisticamente preparadas, ou seja, imantadas, de acordo com a tônica vibracional de quem as irá utilizar (médium e entidade), e conforme o objetivo a que se destinam. 

São compostas de certo número de elementos (contas de cristal ou louça, búzios, Lágrimas de Nossa Senhora, dentes, palha da costa, etc.), distribuídos em um fio (de Aço, Náilon ou fibra vegetal), obedecendo a uma numerologia e uma cromologia adequada; ou ainda, de acordo com as determinações de uma entidade em particular.

Para que servem

Têm poder de elevação mental. Se utilizadas durante um trabalho espiritual, tem função de servir como ponto de atração e identificação da vibração principal e/ou falange em particular, atuante naquele trabalho, servindo assim como elemento facilitador da sintonia para o médium incorporado.

Elas nos auxiliam em nossas incorporações, pois estas atraem a "energia" particular de cada entidade, captando e emitindo bons fluidos, formando assim, um círculo de vibrações benéficas ao redor do médium que as usa.

Servem como pára-raios. Se há uma carga grande, ao invés desta carga chegar diretamente no médium, ela é descarregada nas guias, e se estas não aguentarem, rebentam.

Podem ser utilizadas pelo médium, para "puxar" uma determinada vibração, de forma a lhe proporcionar alivio em seus momentos de aflição.

As guias devem ser tratadas pelos médiuns com todo carinho e o máximo de respeito, pois elas representam o Orixá e a segurança do médium.

Confecção

Dependendo o ritual de cada terreiro deve ser feita uma firmeza (acendendo uma vela, por exemplo) antes de montar a guia.

Para montar uma guia, deve-se estar em silêncio, com respeito. As contas, miçangas, etc. são enfiadas uma a uma no fio.

Toda guia deve ser fechada e cruzada pelo chefe de terreiro, seja pela Mãe/Pai de Santo ou pelos Guias Espirituais Chefes de seu terreiro. As guias podem ser cruzadas com pemba, ou com um amaci com as ervas do Orixá, ficando de molho por 3 dias e depois estão prontas.

Ter uma guia no pescoço, sem esta estar consagrada e imantada não representa nada, energeticamente falando, seria apenas mais um colar.

Normalmente as guias são confeccionadas seguindo um "padrão da Casa".

Depois de colocada no pescoço a Guia deve alcançar até abaixo do umbigo.

Cuidados no Manuseio e Uso

São elementos ritualísticos pessoais, individuais e intransferíveis, devendo ser manipuladas e utilizadas somente pelo médium a quem se destinam.

Deve-se observar que cada indivíduo e cada ambiente, possuem um campo magnético e uma tônica vibracional própria e individual. A manipulação das guias por outras pessoas, ou ainda, seu uso, em ambientes ou situações negativas ou discordantes com o trabalho espiritual, fatalmente acarretará uma "contaminação" ou interferência vibracional.

Pelos motivos expostos, o uso de guias pertencentes ou recebidas de outras pessoas, é uma pratica normalmente desaconselhável a um médium.

Enquanto estamos usando as guias devemos observar algumas recomendações:

· Não se alimentar (exceto em ritual).
· Não ingerir bebidas alcoólicas (exceto em ritual).
· Não manter relação sexual.
· Não ir ao banheiro
· Não tomar banho.

Em qualquer destes casos, deve-se retirar a guia e guardar, ou entrega-la para o Pai/Mãe de Santo, Pai/Mãe Pequenos ou Ogãs para que tomem conta das mesmas.

Como vimos as guias são elementos ritualísticos muito sérios e como tal que devem ser respeitados e cuidados. Seu uso deve se restringir ao trabalho espiritual, ao ambiente cerimonial (terreiro) e aos momentos de extrema necessidade por parte do médium. Utilizar a guia em ambientes ou situações
dissonantes com o trabalho espiritual, ou por mera vaidade e exibicionismo, é no mínimo um desrespeito para com a vibração a qual representam.

Devem ser sempre limpas e guardadas no terreiro ou em algum lugar longe do alcance e visão dos curiosos. Lembre-se que as guias são objetos sagrados e como tal devem ser tratadas.

Um detalhe importante é de tempos em tempos, descarregarmos nossas guias com água do mar ou da chuva, e depois energizá-las com amaci, buscando sempre o aconselhamento de um dos dirigentes sobre como proceder.

Sociedade Espiritualista Mata Virgem



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